Findo este longo silêncio que me foi imposto pela escassez de pensamentos contraditórios, volto com dúvidas, mas também com certezas. E o meu aparentemente feliz (fosse a felicidade tão ordinária...) estado de alma surge dessa dicotomia. Ter dúvidas é essencial. É uma forma de pensar até que a cabeça doa, evita a estagnação racional e, por vezes, ajuda-nos a melhorar a nossa expressão verbal, quando temos a benção de conhecer alguém que nos ouve ou discute connosco, enquanto procuramos pelo caminho certo. As certezas são as filhas predilectas das dúvidas. Das dúvidas podem nascer erros, podem surgir mal-entendidos e, consoante as responsabilidades que nos são imputadas, até vidas podem ressentir-se delas. No entanto, no meio de todos estes filhos cáusticos da dúvida, vive a certeza, que muitas vezes se confunde com os irmãos, mas que, mal a reconhecemos, deixa-nos melhores, mais fortes e seguros, perfeitamente conscientes da nossa índole. Se não lhe dermos mais importância do que ela merece, a certeza é a melhor amiga do mundo, é tónico, é bálsamo, é alimento, é combustível!
Hoje tenho dúvidas, mas também tenho certezas. Creio estar a descobrir um mundo novo, pelo menos a julgar pela vontade fremente que tenho em oficializar este compromisso, que se poderá transformar num grande amor e que, acima de tudo, poderá fazer muito por mim, pelo meu intelecto e pelas minhas paixões latentes.
Vamos ver.